A última parada de nosso trabalho de campo (28/09): Ruínas de São Miguel Arcanjo, unico Patrimônio Cultural do sul do Brasil.
As ruínas da antiga redução de São Miguel Arcanjo, no atual município de São Miguel das Missões, hoje Patrimônio da Humanidade, foi o principal tombamento nos anos 1930. Décadas depois, foram protegidos os remanescentes dos antigos povos de São João Batista, São Nicolau e São Lourenço Mártir. As ruínas dos antigos povos missioneiros, pela extraordinária experiência social que representam, merecem destaque entre as ações de proteção no Estado.
Nossa guia Profª Nadir Lurdes Damiani reunindo os alunos para palestra
Todas as reduções tinham mais ou menos a mesma estrutura: a igreja e a praça demarcadas.
Após essa demarcação, desenhava-se o traçado simétrico das ruas, distribuindo-se as casas de
forma regular. Alinhados à igreja ficavam de um lado o colégio e as oficinas, do outro o cemitério
e o cotiguaçu, (casa das viúvas e órfãos). Atrás do templo situava-se a quinta (horta e pomar).
A igreja era o centro do povoado e a praça era usada para os acontecimentos sociais como:
peças teatrais, festas religiosas, casamentos, procissões, jogos, treinamentos de guerra. As casas abrigavam
mais de uma família para manter o sentido social, comunitário, familiar da tradição Guarani,
criando espaço de convivência social no alpendre e na praça. O cabildo situava-se no espaço onde hoje é a arquibancada para assistir som e luz.
Os padres ensinavam a religião duas vezes por semana a toda a população. Procuravam criar
atividades dinâmicas, como música, pintura, escultura, atraindo assim os índios. Os jesuítas
ocupavam-se com o estudo, o ensino religioso, a instrução das crianças e principalmente administração de toda a redução. Em cada reduçãoficavam dois padres responsáveis pelo espiritual e administração. Os caciques serviam de apoio aos Jesuitas e em troca suas famílias recebiam benfeitorias.
Após essa demarcação, desenhava-se o traçado simétrico das ruas, distribuindo-se as casas de
forma regular. Alinhados à igreja ficavam de um lado o colégio e as oficinas, do outro o cemitério
e o cotiguaçu, (casa das viúvas e órfãos). Atrás do templo situava-se a quinta (horta e pomar).
A igreja era o centro do povoado e a praça era usada para os acontecimentos sociais como:
peças teatrais, festas religiosas, casamentos, procissões, jogos, treinamentos de guerra. As casas abrigavam
mais de uma família para manter o sentido social, comunitário, familiar da tradição Guarani,
criando espaço de convivência social no alpendre e na praça. O cabildo situava-se no espaço onde hoje é a arquibancada para assistir som e luz.
Os padres ensinavam a religião duas vezes por semana a toda a população. Procuravam criar
atividades dinâmicas, como música, pintura, escultura, atraindo assim os índios. Os jesuítas
ocupavam-se com o estudo, o ensino religioso, a instrução das crianças e principalmente administração de toda a redução. Em cada reduçãoficavam dois padres responsáveis pelo espiritual e administração. Os caciques serviam de apoio aos Jesuitas e em troca suas famílias recebiam benfeitorias.
Entrada onde vemos ruínas do pórtico dois apóstolos destruidos pela guerra guaranítica.
Imagens do centro
da igreja
Ao fundo vemos a parede de proteção aos cinco altares, construida após a guerra
Um dos cinco altares com piso original de pedra grês
A direita casa dos padres, escola, oficinas profissionalizantes
Fragmentos do relógio do sol
Torre da Igreja vista de lado. Entrada que aguça a curiosidade dos pequenos para a lenda da Cobra grande
Escadas de acesso à torre fechadas a visitação
Detalhes da arquitetura das reduções no encaixe das pedras
Neste sítio arqueológico, assim como os outros visitados apresenta em suas paisagens vegetação do Bioma campo já descrito nas anteriores.
Em frente a antiga praça da redução encontra-se hoje o Museu Missioneiro São Miguel. Possui acervo da estatuária religiosa missioneira,sinos e fragmentos da decoração arquitetônica.
Observa-se a presença de desumidificador de ar no museu.Usado para controlar a umidade do ar e conservar o acervo.
Esculturas de cedro ocas. Hipótese para melhor preservação, devido a alteração do clima na região das Missões. Também cogita-se a hipótese de os padres Jesuitas usa-las na educação como pedagogia do medo (entrariam dentro das estátuas para falar com os índios)
A cruz missioneira
Embora os estudos indiquem a origem da cruz missioneira como a cruz de caravaca, ela já incorporou ao povo rio-grandense como imbolo máximo de espiritualidade da região das Missões.As duas hastes representam a fé redobrada.
Índios guaranis em São Miguel
Ìndios guaranis representantes da aldeia Alvorecer Tekoa Kóénju vendendo artesanato dentro das ruínas
Hoje vivem cerca de 200 índios na reserva indigena Inhacapetum ( rios) ,a 30 Km de São Miguel das Missões, que autodenominam-se da tradicional cultura Mbyá guarani, uma das etnias da família guarani.Lá eles buscam meios de garantir sua sobrevivência física e cultural através da manutenção de plantações tradicionais entre outros hábitos típicos como a confecção de artesanato.Tem em sua tribo um cacique. As crianças são ensinadas desde pequenas a falar guarani e só depois passam a aprender a lingua portuguesa em Escola Estadual localizada dentro da reserva com duas professoras giruá ( não indígenas) que moram na reserva e uma professora índia. Aprendem além do guarani e português, matemática, historia e geografia.
Fontes : Trabalho de Campo EE Catarina Lépori; IPHAN; ROTA MISSÔES
Fontes : Trabalho de Campo EE Catarina Lépori; IPHAN; ROTA MISSÔES
Professora Maristela!
ResponderExcluirParabéns pelo teu blog.
Aprendi muito com os relatos.
Sucesso sempre!!!
Abs
Iara/NTE Santo Ângelo